A cidade será palco do maior festival nacional sobre bicicleta e ciclomobilidade, o Bicicultura, que acontecerá entre os dias 26 e 29 de Maio, na Praça das Artes, Galeria Olido e no entorno do Teatro Municipal, no centro de São Paulo.
Serão quatro dias de programação intensa de palestras, painéis com especialistas, mesas redondas e oficinas, além de atividades ao ar livre como visitas técnicas pelas ciclovias paulistanas, torneios de bike polo, BMX Flatland e de rua, exposição de fotografias, Mostra competitiva de filmes e muito mais. A programação completa já está no site do evento e é sugerido fazer inscrição prévia para não perder vaga nas atividades.
Para quem estuda, trabalha, ou se interessa pelo tema, a programação é diversa e abrange as inúmeras linguagens e temáticas correlatas à mobilidade por bicicletas. Confira a programação completa de cada dia do Bicicultura 2016 nos seguintes links:
Quinta (26 de Maio) – Programação interna, Programação externa 1 e Programação externa 2
Sexta (27 de Maio) – Programação interna, Programação externa 1 e Programação externa 2
Sábado (28 de Maio) – Programação interna, Programação externa 1 e Programação externa 2
Domingo (29 de Maio) – Programação interna, Programação externa 1 e Programação externa 2
Para quem trabalha com gestão pública
Um dos eixos principais da programação do Bicicultura são as oficinas, painéis, palestras e mesas voltadas à gestão pública. Temas como urbanismo, bicicletas compartilhadas, planos de mobilidade, planejamento e monitoramento cicloviário, serão abordados ao longo dos quatro dias do evento.
Os destaques ficam para a palestra do arquiteto colombiano Jaime Ortiz, que dividirá o palco com a urbanista Paula Santoro, da FAU-USP, na quinta-feira às 14h. O debate será em torno do urbanismo latinoamericano em contraposição ao eurocêntrico. Na mesma quinta-feira, às 11h30, pesquisadores e especialistas debaterão o potencial e os impactos do uso de bicicletas na saúde pública.
Sobre bicicletas compartilhadas, na sexta-feira o Prof. Russell Meddin, criador do World Bike Sharing Map e considerado o guru das bicicletas compartilhadas no mundo – fará uma palestra magna para diagnosticar o cenário atual e indicar qual o futuro dos sistemas de bicicletas compartilhadas.
Na quinta e na sexta-feira, a União de Ciclistas do Brasil fará dois módulos de oficinas sobre a bicicleta nos planos de mobilidade. No sábado pela manhã, a diretora de design global da NACTO – National Association of City Transportation Officials, Skye Duncan, fará uma palestra magna sobre o Global Street Design Guide, com enfoque no desenho viário cicloinclusivo e o papel da agenda vision zero e do active design para as cidades na atualidade.
Sociedade civil organizada e empoderada
Juntamente com a gestão pública, os movimentos sociais e a sociedade civil organizada representam outro eixo norteador da programação do Bicicultura. Os destaques ficam para as reuniões abertas sobre o empoderamento feminino pela bicicleta, contando com a vivência e experiência de ciclistas de todo o Brasil, e outra sobre o futuro das massas críticas (Bicicletadas).
Duas chilenas prometem lotar o auditório da Praça das Artes com importantes palestras. A Profª Lake Sagaris vem ao Bicicultura para falar sobre a bicicleta e o empoderamento feminino e local, aprofundando as discussões sobre gênero na ciclomobilidade, uma das diretrizes do evento. E a cicloativista, gestora e criadora do Bicicultura Chile, Amarilis Horta, falará sobre energia humana e poder cidadão.
O painel sobre mapeamento colaborativo e dados georreferenciados pretende explorar o poder e a dimensão das plataformas abertas de produção e compartilhamento de dados, especialmente o Open Street Maps. Painelistas de todo o Brasil apresentarão suas experiências e proporão dinâmicas e oficinas com quem estiver presente.
Para cicloviajantes e cicloturistas
Já na quinta-feira, dia 26, às 11h, haverá uma mesa de apresentações de experiências de Cicloviagens, com casos de cicloviajantes de todo o Brasil, incluindo o Alexandre Nascimento, que pedalou 12 mil quilômetros pela África.
A organização do Bicicultura, ainda, selecionou dezenas de fotografias que foram enviadas pelo edital de exposição de fotos e que muitas também contemplam o trabalho de cicloviajantes. Uma grande exposição estará montada na área aberta da Praça das Artes, permitindo com que os visitantes também vivenciem o cicloturismo através de imagens e instantes de cicloviagens já realizadas.
Além da exposição de fotos, a Mostra de Filmes – que será na quinta-feira à noite – terá muitos curtas e documentários sobre cicloturismo. Mais uma linguaguem para contemplar os amantes do turismo contemplativo sobre duas rodas.
Para aproveitar o dia ao ar livre
A parte externa do Bicicultura possui uma programação diversa e rica, mesclando cultura, esportes, oficinas e programações noturnas.
Clínicas de bike polo e uma competição de arrancada, em pleno Viaduto do Chá, darão início à programação esportiva do Bicicultura, na quinta-feira. No sábado, uma etapa nacional de BMX Flatland promete belas e espetaculares manobras em frente ao Teatro Municipal, bem como uma competição de BMX de Rua, aproveitando-se dos obstáculos da cidade e de rampas instaladas nas escadarias do Teatro.
No domingo, uma competição de wheeling (modalidade popularmente conhecida como “chamar no grau”) ocupará todo o Viaduto do Chá, mostrando a versatilidade da bicicleta como ferramenta de inclusão e apropriação dos espaços públicos.
A parte cultural do Bicicultura inclui, durante todos os dias do evento, uma grande exposição de fotografias sobre o amplo universo da bicicleta, intervenções culturais no espaço aberto da Praça das Artes, teatro de fantoches, oficinas de silkagem, de lambe-lambe e de customização de bicicletas, clínicas de malabarismo com câmara de pneu de bicicleta, uma tenda para mapeamento colaborativo, saraus, atividades itinerantes pelo centro e uma grande exposição de bicicletas antigas.
A noite paulistana sem largar a bicicleta
A programação noturna se iniciará na quinta-feira, às 17h30, com um show de Edgard Scandurra e Taciana Barros, do Pequeno Cidadão, autores de uma das canções contemporâneas mais simbólicas sobre uso de bicicleta em São Paulo. Após, o público se dirigirá até o Espaço Itaú Unibanco de Cinema, na Rua Augusta, onde acontecerá a Mostra competitiva inédita de Filmes sobre bicicleta, ativismo e ciclomobilidade.
Na sexta-feira a programação noturna será toda da Bicicletada Nacional Bicicultura, coincidência organizada toda última sexta-feira do mês. Após a bicicletada a Galeria Metrópole e a Livraria Tapera Taperá abrirão suas portas para uma confraternização entre ciclistas e também para lançamento de livros e publicações sobre os universos da bicicleta.
A tão esperada noite de sábado está reservada para a balada do Bicicultura. O bloco da bicicletinha, de Belo Horizonte, puxará o cortejo até o local da festa, ainda misteriosamente não divulgado pela organização.